E você acertar ao confiar na sua intuição?
- Daniele Tedesco
- 18 de mar. de 2016
- 5 min de leitura
Atualizado: 4 de nov.
Confesso que me senti um pouco insegura quando decidi me especializar em uma nova área de atuação em psicologia, que até então pouco existia.
Foi difícil bancar não um caminho “seguro”(de realizar um mestrado ou especialização conhecido, estar em um emprego "estável" ou formar uma família logo que me formasse).
Mesmo assim ,decidi morar fora do país para aprender em um curso que não existia no Brasil, sem jamais tendo cogitado essa possibilidade e nem conhecer sequer uma pessoa do outro lado do oceano.
Onde eu iria morar? Onde iria trabalhar? Será que não me sentiria sozinha? O que eu estava realmente fazendo? Será que valia a pena tanto esforço por algo tão “incerto”?
Essas perguntas e muitas outras passaram pela minha cabeça. Mesmo assim, embarquei em um vôo para Portugal (e posteriormente para a Inglaterra) que poderia ter retorno em um mês, ou em vários anos, dependendo do que acontecesse por lá.

E esse é o começo de uma longa história (e muitas outras) sobre como abdiquei de caminhos conhecidos para seguir a minha voz interior (com o apoio da minha mãe),
e criar o meu próprio caminho de vida.
Mais de uma década depois, com muitas histórias na bagagem, em meio a acertos e erros e graças à “loucura” que fiz, me tornei uma referência nesta área no Brasil depois que voltei, quase dois anos depois.
Hoje tenho a agenda sempre lotada e com lista de espera.
E além do conhecimento, sei que muitas pessoas me procuram certamente não somente pela qualificação técnica, que sempre prezei, mas também por perceberem de alguma forma ouço e sigo minha intuição ao fazer minhas escolhas de vida, e transbordar meu trabalho, de forma humanizada, personalizada, sensível, e ao mesmo tempo acreditando profundamente na força de cada um para perceber e seguir sua inti
Você deve estar achando minha história legal, talvez se perguntando se você também teria essa coragem, de repente pensando que isso jamais daria certo pra você, achando que foi sorte minha por algum motivo ou quem sabe imaginando como seria a sua vida se você fizesse o mesmo, algo parecido ou totalmente diferente, mas que também envolvesse sair da caixinha quadrada.
Como seria experimentar viver como protagonista de uma história em que você realmente (e não apenas na imaginação) escrevesse o roteiro?
E como seria desprender-se dos final da história, para aceitar de coração aberto os finais inusitados e surpreendentes que a vida lhe trouxesse?
Só de pensar, isso lhe causa medo? Angústia? Insegurança? Reprovação?
Ou lhe provoca curiosidade, faz sentir-se vivo, pulsando, entusiasmado em ser capaz de criar o seu próximo momento?
Se você deseja viver conectado à sua intuição, percebendo seu sexto sentido e a voz que lhe guia, é melhor saber que isso exigirá de você em primeiro lugar uma grande renúncia: mudar o paradigma sobre o tamanho da sua cabeça.
E do mundo. E do universo.
Quê?!
“Mas eu achei que pra ser espiritualmente evoluído e encontrar o meu Eu Superior e Intuição eu deveria meditar bastante, fazer yoga, não comer carne vermelha, ser sempre zen, viajar para a Índia pra encontrar a iluminação e já pensei até em ir morar num sítio, isolado do “sistema”.
Aham. Ledo engano, meu caro…sabia que isso também é uma ideia criada, dessas que também colocam você numa caixinha?
ASSISTA AO VÍDEO "VOCÊ SABE SONHAR?" e entenda como você se prende aos paradigmas criados pelo sistema que você está envovido e acaba deixando de ir atrás do que realmente gosta e quer para a sua VIDA!
Simplesmente porque restringe a sua capacidade de criar o seu próprio caminho, da forma como a sua vibração e energia pulsam e criam ondas ao redor de você.
Você até pode fazer tudo que eu citei acima e achar super legal, mas isso, assim como qualquer outra formula, está longe de ser uma receita que lhe coloca em um caminho de realização interior. Aliás, se essa não for sua vibração, pode inclusive lhe causar um enorme sofrimento.
Sabe por quê?
Porque a sua energia, seus pensamentos e consequentemente o formato da sua vida está aonde está a sua consciência e a sua vibração.
E se a sua consciência estiver na Índia, numa ideologia ou em qualquer coisa possível no mundo, lá estará o seu caminho. E consequentemente, o seu futuro.
Isso é muito mais complexo do que parece, pois envolve a cibernética da comunicação do seu cérebro, das relações e grupos com que você mantém contato e principalmente a estrutura da sua linguagem – que molda a forma como você vive e enxerga o mundo, a sua vida, os outros e a você mesmo.
Mas isso é conversa pra outro dia.
O que quero deixar pra você hoje sobre isso é um pequeno exemplo de um paciente que atendi há muito tempo atrás.
Ele precisava agir com relação a algo que ele queria há muito tempo em sua vida, mas não conseguia dar o primeiro passo de jeito nenhum, procrastinava, tinha receio, empecilhos reais e imaginários etc. Olhando para aquilo, um dia eu falei o seguinte: “Fulano, há um momento em que não há mais o que pensar, é preciso pegar fôlego como se você precisasse dar um mergulho numa água gelada. E simplesmente mergulhar”.
Depois desse dia ele deu o passo que evitava há muito tempo e me disse que para conseguir fazer aquilo, lembrou da água gelada.
O que eu quero dizer aqui é que enquanto você não pegar o fôlego e mergulhar na água gelada, nada de diferente vai acontecer para você ou em sua vida.
Simplesmente vai continuar tudo igual. E provavelmente você já sabe, ou melhor, talvez tenha certeza, de como será o final da história.
O "pegar fôlego" pode se traduzir em fazer um planejamento sobre algo que você quer muito, ensaiar uma conversa que precisa acontecer mais hora ou menos hora, escrever uma mensagem sem saber se vai enviar, cotar uma passagem para um lugar que parece impossível você conseguir visitar (ou morar), consultar algumas pessoas chave sobre uma ideia ou projeto, ou simplesmente dar a cara tapa, se não houver nada que possa se traduzir em “pegar o fôlego”na sua situação.
Vai lá e faz.
Mergulha na água gelada (que depois esquenta, e fica uma delícia).
Porque se deixar o tempo passar, mais hora ou menos hora você vai perceber um muro de papelão bem na sua cara lhe sufocando pra valer: é uma caixinha quadrada e com pouco espaço, que vai ficando ainda mais apertada conforme o tempo passa.
A maioria das pessoas vive – e até convive - dentro dessas caixinhas e nem percebe.
A partir de hoje, perceba sua intuição com mais atenção. Os sinais estão por toda parte, e você precisa aprender a dar significado aos seus!




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